segunda-feira, 2 de abril de 2012

O percurso do conceito de raça no campo das relações raciais no Brasil

Após releitura dos textos do módulo 03, unidade 02 - o qual o título do texto faz referência, foi possível observar que o tema abordado nesta unidade diz respeito ao percurso do conceito de raça no campo de relações raciais no Brasil, perpassando por questões tais como o fim da escravidão e condenação desta nação, pelas teorias racistas européias, por se tratar de um país mestiço.

Através da retrospectiva histórica da humanidade, de maneira global e nacional, é possível observar que o branco europeu destacou-se como dominador, colonizador, puro, detentor do saber, isto é, moral, intelectual e biologicamente superior aos demais grupos/povos. Enquanto que os negros, amarelos, indígenas, entre outros, e os frutos dessa miscigenação sofriam, eram colonizados, impuros, escravizados, ou seja, eram vistos como inferiores.

Atualmente, é possível vivenciar os resquícios deste processo de exclusão pela qual os grupos/povos acima sofreram com o decorrer do processo histórico. Isto torna-se evidente ao analisarmos a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º “Caput”, que trata da igualdade entre todos, sem distinção de qualquer natureza. Ou seja, se somos todos iguais, porque existem cotas para negros nas universidades? Porque existe uma lei exclusiva para mulheres - Lei Maria da Penha? E porque os negros são maioria nos subempregos?

Por fim, estes são alguns dos questionamentos que nos provam que não somos tão iguais assim e que desfrutamos de maneira desigual daquilo que nos é garantido, o direito à igualdade. Décadas passaram, mas ainda hoje convivemos, implicitamente, com questões oriundas do período colonial/escravidão e com os resíduos das teorias racistas.

Texto: Franklin Nunes Xavier.
Curso: Formação em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça/GPP-GER.
Pólo: Santa Leopoldina.

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